Desde 2006 nos dedicamos à valorização e visibilidade da presença negra e da herança cultural afrodescendente no Paraná. Desde 2015, esta experiência vem sendo traduzida em linguagem poética, visando sensibilizar, despertar o interesse e promover o amplo acesso à conhecimentos, valores e atitudes de respeito, dignidade e igualdade.
Autor Jurandir de Souza.
No livro Campo negro, cidade preta, o doutor Jurandir fala das comunidades rurais, de onde parte sua pesquisa, mas o foco maior está na cidade, com recorte em Belo Horizonte, Curitiba e Rio de Janeiro.
O livro faz uma reflexão sobre a transição do negro que estava no espaço rural durante muito tempo e a sua trajetória para cidade. Se uma pessoa que saiu da escravidão, em 1888, tivesse um filho aos 20 anos, o filho dela tivesse um filho também aos 20 anos e sucessivamente, a sétima geração desse indivíduo poderia ser o morador de rua de hoje. Não há uma relação direta entre aquela pessoa e o morador de rua de hoje, mas o morador pode ter alguma ligação com a pessoa que saiu do processo da escravidão ou que, mesmo em situação de “livre”, não foi absorvido pela sociedade da época e foi submetido a condições precárias.
Desde 2006 nos dedicamos à valorização e visibilidade da presença negra e da herança cultural afrodescendente no Paraná. Desde 2015, esta experiência vem sendo traduzida em linguagem poética, visando sensibilizar, despertar o interesse e promover o amplo acesso à conhecimentos, valores e atitudes de respeito, dignidade e igualdade.